Mas como toda amizade precisa de uma apresentação...
Cheguei aqui por perceber que escrever sem motivo já não era tão excitante assim, larguei por enquanto meus sete livros começados, poesias endereçadas mas que nunca serão mandadas e criei, quase bigbangmente, meu primeiro blog.
Bigbangmente porque sempre senti uma estranheza de nos blogs você escrever algo para alguém sem ter certeza alguém lerá, foi numa explosão essa criação, realmente.
Criei principalmente por julgar extremamente necessário praticar a escrita se quero ser um jornalista, além de ter um lugar para desabafar (mesmo sendo muito ruim fazendo esse último).
A maioria dos textos aqui feitos, são fecundados no ponto de ônibus, entre um desapontamento ou outro, na clareza de um bar ou tomando café. Me reservo a escrever só sobre o que eu acho interessante, mas calme, que isso abrange quase tudo. De filosofia a Programa do Ratinho, de futebol a poesia, de videogames a mitologia grega e claro, música. Coisas que em mim se encaixam e viram uma.
Por fim, esse texto que era para ser um retrato de mim, acredito que será o que o amigo leitor menos poderá me caracterizar. Captar um momento de si é inútil quando se quer mostrar um todo construído por vários momentos distintos. Em cada texto, memória ou publicação sei que serei, sem intenção, mais auto-descritivo.
Victor
“Escutai-me, leitor, a minha história,
E'fantasia sim, porém amei-a.
Sonhei-a em sua palidez marmórea
Como a ninfa que volve-se na areia
Co'os lindos seios nus... Não sonho glória;
Escrevi porque a alma tinha cheia
— Numa insônia que o spleen entristecia —
De vibrações convulsas de ironia!”
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